Home Office – como lidar?

Motivo de brigas e discussões em assembleias, o home office vem se tornando cada vez mais comum e, por isso, os condomínios precisam definir quais serão as regras para abordar essa nova realidade.
O entra e sai de pessoas, barulho e falta de segurança e privacidade são as principais reclamações dos condôminos em relação aos profissionais que trabalham em casa. Se o morador trabalha apenas usando computador e telefone, em atividades que não exijam relacionamento direto com outras pessoas, não há nenhum impedimento. Traduções, revisões de texto e design são exemplos de atividades que não causam maiores complicações.
Mas quando o tipo de atividade exige receber muitas pessoas ou mercadorias, a situação fica um pouco mais complicada. O entra e sai de pessoas desconhecidas pode deixar os vizinhos inseguros, pois nem o próprio morador pode garantir quem está entrando no prédio.
Além disso, os condôminos podem reclamar que quem trabalha em home office utiliza alguns serviços do prédio mais do que os demais e continua pagando o mesmo valor. Afinal, quem recebe várias pessoas ou mercadorias por dia necessita mais dos porteiros e mensageiros, por exemplo.
Naqueles condomínios em que despesas como água ou gás são cobradas de forma coletiva, a situação se agrava ainda mais, pois esse tipo de cobrança é dimensionada para ser doméstica. Portanto, se alguém faz uso excessivo desses insumos ao realizar uma atividade comercial, o valor a ser cobrado não deverá ser o mesmo dos demais condôminos.
Pensando nessa nova tendência, alguns prédios novos estão sendo construídos com escritórios na área comum. São locais equipados com mesas, wireless e sofás – que podem ser alugados pelos moradores para eventuais reuniões de trabalho. Essa novidade ameniza o problema da falta de privacidade, já que as reuniões serão feitas fora do apartamento, mas as demais questões ainda continuam em aberto. Para isso, é preciso realizar assembleias e determinar o que melhor se aplica à realidade do seu condomínio. Se houver necessidade, é possível alterar o Regimento Interno, acrescentando as novas decisões.