Nesta época do ano, os síndicos devem começar a fazer as previsões orçamentárias para o ano seguinte. Porém, alguns deles não conseguem fazer com sucesso, ou, muitas vezes, nem se preocupam com essa questão, mesmo ela sendo determinante para o sucesso da gestão.
Na previsão orçamentária, o síndico deve fazer uma análise de todos os gastos previstos para o próximo ano, de modo que ele consiga estabelecer um valor fixo que os condôminos deverão pagar, tornando possível pagar todas as contas e ainda realizar algumas obras. Esse valor fixo será a taxa de condomínio.
O síndico que não faz uma boa previsão orçamentária ou simplesmente não faz nenhuma previsão estará muito mais sujeito a cobrar taxas extras para cobrir despesas que poderiam ser previstas. Essas cobranças a mais fazem com que os condôminos não confiem no síndico, já que eles sempre pagam mais do que o combinado.
Basicamente, a previsão orçamentária é composta de duas etapas:
1 – Primeiramente, é preciso fazer um levantamento de todas as despesas que o condomínio teve no ano anterior. É preciso atentar-se quanto à manutenção, custo de água, luz, elevador, conservação, seguro, folha de pagamento – inclusive o 13º salário -, etc. É interessante fazer esse levantamento em um planilha; desse modo, todos os itens ficarão listados para não haver esquecimento. Após essa etapa, o indicado seria o síndico consultar um contator ou administradora, caso não tenha conhecimento avançado de matemática. O próximo passo é calcular os reajustes salariais dos funcionários e dos contratos com prestadores de serviço, além de incluir a inflação e a inadimplência do condomínio na conta. Tudo isso calculado, vale a pena considerar deixar uma pequena sobra para não ficar com a contabilidade sempre tão apertada.
2 – Depois de pensar sobre as despesas que o condomínio teve no ano anterior, chegou a hora de pensar nos investimentos. Existe alguma obra que o síndico e condôminos julgam ser necessário fazer no próximo ano? Tudo isso deve ser contabilizado. As obras se dividem entre “urgentes”, “emergentes” e “benfeitorias”, e devem ser colocadas em uma ordem de prioridade, que deverá ser decidida em assembleia.
Agora, é necessário juntar essas duas etapas para criar uma previsão orçamentaria sólida e que não deixará o condomínio na mão. Uma das questões que mais confunde os síndicos são os gastos sazonais. É preciso ficar muito atento quanto a isso: férias dos funcionários, pagamento de 13º salário e aumento do consumo de água e luz no verão são apenas alguns itens que o síndico não pode deixar passar.
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